A família de Gleycy Correia da Silva, empresária e Miss Brasil Continentes Unidos 2018 que morreu na última segunda-feira (20) após complicações em cirurgia de amigdalite, acredita que houve erro médico e negligência em atendimento. Gleycy foi operada no final de março por Mário Tadeu Carvalho Fachardo, pelo seu Plano Unimed, no Hospital São João Batista, em Macaé (RJ).
Seis dias após a cirurgia, ela passou mal, chegou a vomitar sangue no banheiro de casa e tentou contato com o médico otorrinolaringologista: “Ele não entrou em contato com ela nesses seis dias, ele não falou mais nada, não procurou saber como é que ela estava pós-operatório. […] Ela mandou mensagem pra ele às 17h30, 17h40 [de domingo], falando que ela estava muito mal, sentindo muita dor, se não teria um outro remédio mais forte pra ele passar pra ela. Ele não respondeu”, relata Douglas Souza da Silva, irmão mais velho de Gleycy.De acordo com Douglas, a irmã chegou a relatar que não estava conseguindo comer nada no domingo, dia 3 de abril, e nem sabia se poderia escovar os dentes. Após enviar fotos ao médico do vômito ensanguentado no banheiro, Gleycy teria suplicado por ajuda ao perder muito sangue.
“Quando foi duas e pouca da manhã, ela mandou mensagem primeiro para a secretária, depois para ele. [Com] a foto do banheiro lá de casa que ela tinha vomitado, duas poças de sangue imensa, e que ela tava morrendo e era para ele ajudar ela”, diz o eletricista e comerciante.
“Meu pai agarrou ela, aí depois de cinco minutos ele manda assim pra ela, ‘vai pro hospital’. Não falou nem em qual hospital. Ele não preparou a equipe, ele não ligou pra lugar nenhum, ele não preparou médico de lugar nenhum. Aí ele falou assim, ‘ó, vai pro hospital’. Meu pai […] levou ela pro [Hospital] São João Batista, onde ela tinha feito a primeira cirurgia”, narra Douglas.
Ele disse que o hospital afirmou se tratar de um caso de emergência, dando encaminhamento para a Unimed Costa do Sol, onde ela ficou internada de 4 de abril até esta segunda-feira (20), quando morreu.
O laudo do IML (Instituto Médico Legal) de Macaé (RJ), indica cinco causas de morte: pneumonia, parada cardiorrespiratória, choque hemorrágico, hemorragia da artéria amigdaliana e encefalopatia anóxica.
Um especialista em cirurgia de cabeça e pescoço consultado pela reportagem explica que a encefalopatia anóxica se caracteriza pela falta de oxigenação e sangue no cérebro, ocorrendo após uma situação de sangramento intensa e bloqueio da entrada de ar para o pulmão.
A família registrou Boletim de Ocorrência na Delegacia de Polícia de Macaé (RJ) quando no décimo dia de Gleycy internada, em 14 de abril. Agora, a polícia investiga a morte. “De acordo com a 123ª DP (Macaé), diligências estão em andamento para esclarecer as circunstâncias da morte”, informou a assessoria de comunicação da Polícia Civil do Rio de Janeiro.
Fonte: Uol
Redação Revista Regional Notícias
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